Artigo sobre o tema:
DEVOTAMENTO E
ABNEGAÇÕES
Por: Equipe do CEFA
Em: 16 de julho de 2018
________________________________________
O homem, mergulhado na profundeza escura do abismo por ele mesmo
construído, encontrará nos exemplos de Jesus o caminho que o erguerá à Luz
Divina de sua vida.
As angústias, os medos, as aflições e as dores são sinais do
afastamento desatencioso que estabelecemos entre nós e as Leis Divinas.
Obcecados pelas realizações imediatas e mundanas, desprezamos os cenários
luminosos e edificantes construídos pelos ensinamentos do Mestre, que nos legou
o aperfeiçoamento moral como pré-requisito indispensável a nossa elevação
espiritual. Portanto, somos convidados ao refazimento de nossas condutas, ao
aprimoramento de nossos pensamentos e a sublimação de nossa fé, pois somente
assim cumpriremos plenamente o nosso papel espiritual.
|
O Espírito de Verdade no Evangelho
Segundo o Espiritismo nos lembra de que acima
de todos nós reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande que faz germinar
a planta e eleva as ondas. Diante destas significantes afirmações não
podemos justificar o desespero, a desilusão e a desesperança; percalços estes
que nos retardam a marcha da evolução e nos impedem o auxílio mútuo na jornada;
ações necessárias para o consolo dos aflitos e a iluminação das estradas
celestes. “[...] Obreiros, traçai vosso
sulco; recomeçai no dia seguinte a rude jornada da véspera; o labor de vossas
mãos fornece o pão terrestre ao vosso corpo, mas vossas almas não estão
esquecidas; e eu, divino jardineiro, as cultivo no silêncio de vossos
pensamentos; quando a hora do repouso tiver soado, quando a trama dos vossos
dias escapar de vossas mãos, e quando vossos olhos se fecharem à luz, sentireis
surgir e germinar em vós minha preciosa semente. [...]” (ESPÍRITO DE
VERDADE, Paris, 1861 – ESE Cap. VI, v.6).
Todos nós somos convidados ao trabalho edificante da Obra
Divina. Tenhamos bom ânimo na labuta diária para que a esperança alimente o
nosso espírito com a energia da fé. Sejamos uma unidade espiritual diante do
bálsamo das vitórias, mas também na experiência dolorosa das quedas
temporárias. Lembremo-nos do que nos fala o Espírito de Verdade “[...] Deus consola os humildes e dá a força
aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda parte, ao lado
de uma lágrima coloca ele um bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua, e encerram um
ensinamento profundo; a sabedoria humana reside nessas duas palavras. [...]”, e
continua, “[...] Tomai, pois, por divisa
estas duas palavras: devotamento e
abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que vos
impõem a caridade e a humildade. [...]” (ESE Cap. VI, v.8).
A jornada terrena impõe ao espírito o enfrentamento de suas
más tendências e sobrepõe a esta necessária etapa da evolução, os limites
herdados na semeadura pretérita, na qual, afastando-se do convívio harmonioso
com as Leis Maiores, o homem construiu os obstáculos que agora precisa transpor
para o realinhamento da trajetória espiritual. LUCAS, no Capítulo XVII, versículos 1 a 10, transcreve para nosso
aprendizado o título – ENSINO E OBEDIÊNCIA – no qual o Mestre nos fala da
fatalidade do escândalo, porém, nos alerta sobre a pesada responsabilidade
daquele que se fizer autor deste ato. Jesus nos fala da força da fé e nos
orienta à prática do perdão incondicional como formas de cultivarmos a gratidão
em nossos corações, pois, afirma o Mestre, “[...]
dizei: Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos ter feito [...]”. Com
esta afirmação, o nosso luminoso Irmão nos estimula à ação proativa e empática,
que não deve se limitar apenas ao dever, mas, deve buscar a sublimidade da
voluntária abnegação, suprimindo de nossos atos, os efeitos tóxicos do egoísmo
e do orgulho.
No Capítulo XVII – PROFISSÃO – do Livro Pensamento e Vida,
ditado por Emmanuel e psicografado pelo doce amigo Chico Xavier, o benfeitor
define: “[...] a abnegação, que é
sacrifício pela felicidade alheia, sublima o espírito. [...]” Este ato que,
segundo ele, começa quando o dever termina, possibilita a repercussão da Esfera
Superior sobre o campo da Humanidade. Considerando relevante orientação, cabem
ao homem o exercício irrestrito do devotamento na prática do bem e a busca
incondicional do auxílio ao próximo, pois, continua o Mentor Espiritual “[...] pela fidelidade ao desempenho de suas
obrigações, o homem melhora a si mesmo, e, pela abnegação, o anjo aproxima-se
do homem melhorado, aprimorando a vida e o mundo. [...]”
Também pela psicografia do afetuoso irmão Chico Xavier, no
Capítulo III – Da Abnegação – O exemplo da fonte, do Livro Ideias e
Ilustrações, o Espírito Meimei, nos
traz valiosas lições. Neste capítulo a veneranda amiga narra os ensinamentos de
um mentor a seu discípulo sobre a resiliência, o devotamento e abnegação como
formas de superar as garras opressoras e incapacitantes do mal. Fazendo
analogia ao percurso que as águas do rio fazem da fonte ao mar, o mentor
convida o aprendiz a observar o comportamento objetivo e sereno da água, que
diante dos obstáculos externos mantém-se resignada e perseverante no caminho
que a levará a comunhão libertadora com o mar. As pedras arremessadas contra
nós, o lodo arremessado aos nossos olhos, as acusações dirigidas ao nosso
caráter e as injustas interpretações de nossos atos não devem configurar
impedimentos para seguirmos os passos de Jesus, que doou sua energia mais
sublime alimentando-nos o espírito e reconduzindo de volta ao Pai Celestial.
Boa caminhada!
Que nós consigamos caminhar com afinco, certos de que um dia, conseguiremos cumprir nossa missão!
ResponderExcluir