terça-feira, 17 de julho de 2018

Artigo sobre Devotamento e Abnegação

Obra: Mother’s Love - Akiane
Artigo sobre o tema:
DEVOTAMENTO E ABNEGAÇÕES
Por: Equipe do CEFA
Em: 16 de julho de 2018
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O homem, mergulhado na profundeza escura do abismo por ele mesmo construído, encontrará nos exemplos de Jesus o caminho que o erguerá à Luz Divina de sua vida.

As angústias, os medos, as aflições e as dores são sinais do afastamento desatencioso que estabelecemos entre nós e as Leis Divinas. Obcecados pelas realizações imediatas e mundanas, desprezamos os cenários luminosos e edificantes construídos pelos ensinamentos do Mestre, que nos legou o aperfeiçoamento moral como pré-requisito indispensável a nossa elevação espiritual. Portanto, somos convidados ao refazimento de nossas condutas, ao aprimoramento de nossos pensamentos e a sublimação de nossa fé, pois somente assim cumpriremos plenamente o nosso papel espiritual.

O Espírito de Verdade no Evangelho Segundo o Espiritismo nos lembra de que acima de todos nós reina a verdade imutável: o Deus bom, o Deus grande que faz germinar a planta e eleva as ondas. Diante destas significantes afirmações não podemos justificar o desespero, a desilusão e a desesperança; percalços estes que nos retardam a marcha da evolução e nos impedem o auxílio mútuo na jornada; ações necessárias para o consolo dos aflitos e a iluminação das estradas celestes. “[...] Obreiros, traçai vosso sulco; recomeçai no dia seguinte a rude jornada da véspera; o labor de vossas mãos fornece o pão terrestre ao vosso corpo, mas vossas almas não estão esquecidas; e eu, divino jardineiro, as cultivo no silêncio de vossos pensamentos; quando a hora do repouso tiver soado, quando a trama dos vossos dias escapar de vossas mãos, e quando vossos olhos se fecharem à luz, sentireis surgir e germinar em vós minha preciosa semente. [...]” (ESPÍRITO DE VERDADE, Paris, 1861 – ESE Cap. VI, v.6).

Todos nós somos convidados ao trabalho edificante da Obra Divina. Tenhamos bom ânimo na labuta diária para que a esperança alimente o nosso espírito com a energia da fé. Sejamos uma unidade espiritual diante do bálsamo das vitórias, mas também na experiência dolorosa das quedas temporárias. Lembremo-nos do que nos fala o Espírito de Verdade “[...] Deus consola os humildes e dá a força aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda parte, ao lado de uma lágrima coloca ele um bálsamo que consola. O devotamento e a abnegação são uma prece contínua, e encerram um ensinamento profundo; a sabedoria humana reside nessas duas palavras. [...]”, e continua, “[...] Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que vos impõem a caridade e a humildade. [...]” (ESE Cap. VI, v.8).

A jornada terrena impõe ao espírito o enfrentamento de suas más tendências e sobrepõe a esta necessária etapa da evolução, os limites herdados na semeadura pretérita, na qual, afastando-se do convívio harmonioso com as Leis Maiores, o homem construiu os obstáculos que agora precisa transpor para o realinhamento da trajetória espiritual. LUCAS, no Capítulo XVII, versículos 1 a 10, transcreve para nosso aprendizado o título – ENSINO E OBEDIÊNCIA – no qual o Mestre nos fala da fatalidade do escândalo, porém, nos alerta sobre a pesada responsabilidade daquele que se fizer autor deste ato. Jesus nos fala da força da fé e nos orienta à prática do perdão incondicional como formas de cultivarmos a gratidão em nossos corações, pois, afirma o Mestre, “[...] dizei: Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos ter feito [...]”. Com esta afirmação, o nosso luminoso Irmão nos estimula à ação proativa e empática, que não deve se limitar apenas ao dever, mas, deve buscar a sublimidade da voluntária abnegação, suprimindo de nossos atos, os efeitos tóxicos do egoísmo e do orgulho.

No Capítulo XVII – PROFISSÃO – do Livro Pensamento e Vida, ditado por Emmanuel e psicografado pelo doce amigo Chico Xavier, o benfeitor define: “[...] a abnegação, que é sacrifício pela felicidade alheia, sublima o espírito. [...]” Este ato que, segundo ele, começa quando o dever termina, possibilita a repercussão da Esfera Superior sobre o campo da Humanidade. Considerando relevante orientação, cabem ao homem o exercício irrestrito do devotamento na prática do bem e a busca incondicional do auxílio ao próximo, pois, continua o Mentor Espiritual “[...] pela fidelidade ao desempenho de suas obrigações, o homem melhora a si mesmo, e, pela abnegação, o anjo aproxima-se do homem melhorado, aprimorando a vida e o mundo. [...]”

Também pela psicografia do afetuoso irmão Chico Xavier, no Capítulo III – Da Abnegação – O exemplo da fonte, do Livro Ideias e Ilustrações, o Espírito Meimei, nos traz valiosas lições. Neste capítulo a veneranda amiga narra os ensinamentos de um mentor a seu discípulo sobre a resiliência, o devotamento e abnegação como formas de superar as garras opressoras e incapacitantes do mal. Fazendo analogia ao percurso que as águas do rio fazem da fonte ao mar, o mentor convida o aprendiz a observar o comportamento objetivo e sereno da água, que diante dos obstáculos externos mantém-se resignada e perseverante no caminho que a levará a comunhão libertadora com o mar. As pedras arremessadas contra nós, o lodo arremessado aos nossos olhos, as acusações dirigidas ao nosso caráter e as injustas interpretações de nossos atos não devem configurar impedimentos para seguirmos os passos de Jesus, que doou sua energia mais sublime alimentando-nos o espírito e reconduzindo de volta ao Pai Celestial.

Boa caminhada!

Um comentário:

  1. Que nós consigamos caminhar com afinco, certos de que um dia, conseguiremos cumprir nossa missão!


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